Dramas da vida real: trabalhar com informática

Você se deu bem…

Não existe hora, nem lugar, nem ocasião que impeça um chato de se aproximar do cara que “mexe com computador”. Imagine a cena: a festa esta rolando, luzes estroboscópicas piscam, o pancadão techno está comendo solto e você repara aquela loira olhando para você. Provavelmente, olha para ver se não está olhando pro cara atrás de você, mas não! É para você mesmo! Ela se aproxima, você sorri e aí ela diz:
– Você mexe com computador?
No começo, você pensa: a pobrezinha está só puxando assunto. =) Ela continua o papo:
– Esses dias eu fui ligar meu computador e ele começou a exibir a mensagem “falta NTLDR.dll” o que você acha que pode ser?
Broxante, não?

Lar, doce lar…

Mas o problema vai mais além: os chatos marcam a hora em que você chega em casa do trabalho; não ligam para o fato de você ter passado o dia atendendo a outros chatos, telefonam, batem palmas no portão, tocam a campainha e sempre começam a conversa com “deixa eu te perguntar…”.
Vamos à dramatização: você chegou depois de 12 horas de telefone tocando e o chefe falando que precisa enviar um relatório para ontem, pegou um ônibus lotado na volta pra casa e, graças à tecnologia, um imbecil ligou o celular/mp3 player tocando a “Dança do Créu” à sua direita enquanto outro, à sua esquerda, escuta a banda Calypso. O engarrafamento vai longe e uma tartaruga acaba de passar o seu ônibus. Em casa, você se joga no sofá e alguém toca a campainha. Quando sua mulher atende, lá vem o chato sorridente:
– Ô rapaz! Tá cansado?
Você vira os olhos e começa a espumar pela boca.
– Vem cá… deixa eu te perguntar uma coisa… quando você liga o PC e ele começa a apitar o que pode ser?
Você resmunga umas explicações e ele coça o queixo:
– Tem como você ir lá em casa olhar?
Cenas de violência lhe passam pela cabeça. =)

Come depois, vai…

Fundamentalmente um chato sempre consegue se superar, pode ter certeza de que o simples fato de você estar almoçando ou ter sido atropelado por uma jamanta não implica nenhum impedimento. Quando dá 12:30 (sim, você já perdeu 30 minutos do seu almoço) finalmente se senta para almoçar; garfo e faca na mão, espeta a carne e faz um corte suculento num naco. Leva-o à boca e antes da primeira mordida, batem à porta:
– Dá licença? – aparece uma cabeça dentro da sala.
Você devolve o pedaço de carne ao prato.
– Está almoçando?
Você olha para o relógio para ter certeza de que não estava vendo as horas erradas. Não, realmente, são 12:31, hora de almoço em muitos países, inclusive no Brasil. O garfo e a faca nas suas mãos também seriam uma boa dica e se isso não bastasse, a cena de você, congelado, com a boca aberta e o garfo cheio de comida suspenso no ar já serviriam para responder a pergunta.
– Pode vir na minha sala olhar meu computador? – pergunta o chato.
Provavelmente você, num acesso de fúria, arremessa a faca que fica cravada na porta, acertei?

O que fazer?

Enfim, eles estarão em todos os lugares: funerais, festinhas, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê e o que nos resta deve ser ou rir, ou chorar, ou comprar um rifle, uma caixa de rosquinhas e subir em uma torre.

Fonte

2 pensamentos sobre “Dramas da vida real: trabalhar com informática

  1. Pingback: Dramas da vida real: trabalhar com informática « Luiz Augusto Machado

Deixe um comentário